A ideia é muito simples e pueril e não são precisos blogues de culinária para recriar combinações destas. Só que, por vezes, estamos tão habituados à mesmidade da apresentação que não nos lembramos de como uma entrada banal de verão pode ter elementos diferenciadores. E é preciso encontrar mecanismos para não habituar o cérebro à indolência, que é sempre o caminho preferido.
Um exemplo: há uma tranche de salmão na bancada. O que fazer? Tempera-se com sumo de limão, sal e ervas e vai para o grelhador.
Não.
Não.
Não.
Corta-se a tranche em três ou quatro cubos, pega-se num pauzinho de espetada, intercala-se com fatias de limão finas e, agora sim, grelhador. O trabalho é exactamente o mesmo; o efeito é completamente diferente. Uma analogia para esta sugestão: honestamente, qual seria a piada de servir a meloa em fatias e ainda ter que a partir no prato?
E agora um desabafo, para que não fique recalcado: o meu primeiro impulso foi somar a esta salada pequenas bolas de mozzarella fresca. Na minha conceptualização mental, todas aquelas cores viviam em perfeita harmonia com o branco do queijo. Não o fiz, mais uma vez para contrariar a minha tendência inata de usar queijo, qual alfa e ómega das experiências culinárias.
Prato de cerâmica: DaTerra, colecção Rabbit Beach |
INGREDIENTES
[2-3 pessoas]
1 e 1/2 meloa cantalupe
100 g de presunto (em fatias extra finas)
4 figos maduros
Folhas de hortelã fresca a gosto
PREPARAÇÃO
- Com uma colher própria, removemos pequenas bolas de meloa para uma taça. Reservamos.
- Cortamos dois dos figos em rodelas e dois em quartos e reservamos.
- Num prato ou travessa, dispomos as bolas de meloa no fundo. Sobrepomos com os figos alternadamente com as fatias de presunto.
- Salpicamos com hortelã picada e servimos de imediato.
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