01/10/2018

Vamos falar sobre o óleo de coco? | O Espaço da Nutricionista


Não sendo um tema que adore, há muitas pessoas com dúvidas sobre o óleo de coco, pelo que me parece interessante partilhar convosco a minha opinião sobre este assunto - mais ou menos - polémico.



Em primeiro lugar, é importante referir que as gorduras são um macronutriente tão importante como os outros e que o nosso organismo precisa delas para desempenhar algumas funções, como é o caso do bom funcionamento cerebral e a manutenção da temperatura corporal. No entanto, não precisamos de grandes quantidades.

Quanto às gorduras ou lípidos, existem três tipos. Os saturados, polinsaturados e monoinsaturados, variando o nome de acordo com a estrutura dos ácidos gordos que os compõem. Assim, devemos evitar a ingestão de gorduras saturadas e de gorduras trans, sendo que estas últimas são gorduras muito processadas. Mas esta parte, vamos deixar para outra conversa.

O óleo de coco é constituído por cerca de 80% de gordura saturada, o que faz com que resista a temperaturas mais altas mas também que esteja muito associado ao aumento de colesterol. Sendo uma gordura é, por excelência, um alimento calórico e que não deve ser consumido em grandes quantidades. Posto isto, tendo em conta as suas propriedades, também não há evidência para dizer que seja um alimento que ajude a emagrecer - como algumas teses defendem - e além disso, não apresenta nenhuma mais valia em detrimento do azeite. 


Se querem a minha opinião sincera, o óleo de coco é muito bom para hidratar a pele e o cabelo, mas para a alimentação devemos preferir o azeite, constituído por 75% de gordura monoinsaturada, saudável para o coração. Sempre, claro, moderando as doses. 
Equilíbrio é a palavra de ordem para todos os alimentos.


Catarina Trindade
Nutricionista | Todos P'ra Mesa

Sem comentários

Enviar um comentário

© SWEET BIGAS. All rights reserved.