17/02/2016

Shakshuka israelita

Andava eu a passear-me no Instagram quando o feed fez o favor de seleccionar uma fotografia de uma bonita cataplana preta com cores garridas no interior. Dizia apenas "shakshuka". No segundo seguinte, já eu googlava o termo, procurava receitas, consumia novas imagens.

A Internet pôs-me no Médio Oriente.
O nome é de difícil pronunciação, mas o prato é de travo intenso e assertivo.

Para os israelitas, a shakuska é sinónimo de pequeno-almoço; os mexicanos encontrariam paralelo com os seus "huevos rancheros"; já o meu estômago europeu interpreta-a como um prato vegetariano, à base de um molho espesso de tomate e pimento, muito apurado e aromático, que se justifica ao almoço ou jantar. E, por isso, [o meu estômago] aceitou-a de braços abertos e os outros que estavam sentados à mesma mesa aplaudiram como se a vida fosse uma festa e este jantar a chegada à terra prometida.


INGREDIENTES

4 colheres de sopa de azeite virgem extra
1 cebola grande, cortada em meias-luas finas
1 pimento vermelho, cortado em tiras
3 dentes de alho, em lâminas finas
1 colher de chá de paprika
1 colher de chá de sementes de coentros
Meia colher de café (rasa) de pimenta cayenne
1 lata de tomate em pedaços (cerca de 420 g)
Sal e pimenta preta moída na altura q.b.
Queijo feta a gosto
6 a 8 ovos de codorniz (ou 4 normais)
Coentros frescos picados a gosto
Pão pita para acompanhar 

PREPARAÇÃO
  1. Aquecemos o azeite num tacho de diâmetro largo (idealmente, seria uma cataplana em cobre). Acrescentamos a cebola e o pimento e refogamos em lume brando por 20 minutos, até que o pimento esteja suave e amolecido.
  2. Juntamos agora o alho laminado e cozinhamos por 2 minutos. De seguida, as especiarias e envolvemos por mais 2 minutos para despertar sabores.
  3. Deitamos o tomate (todo o conteúdo da lata) e temperamos com sal e pimenta. Deixamos cozinhar por 10-15 minutos, em lume brando, sem pressa. Provamos e rectificamos temperos, se necessário.
  4. Com as pontas dos dedos, desfazemos o queijo feta e polvilhamos sobre o preparado.
  5. Por fim, e com cuidado, adicionamos os ovos de codorniz (abrem-se com a ajuda de uma faca afiada, retirando a parte superior da casca. Não se batem na bancada). Assim que a clara e a gema estiverem cozidas, está pronto. 
  6. Antes de servir, polvilhamos generosamente com coentros picados (grosseiramente, como explico aqui). Para acompanhar com pão pita torrado, por favor :)

Notas: 
1) a receita original pede cominhos em pó. Aliás, é uma especiaria muito comum e altamente apreciada no Médio Oriente. Acontece que eu odeio não gosto e, como tal, não usei. Fica ao vosso critério.
2) Podem acrescentar grão-de-bico para uma refeição (ainda) mais composta.



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4 comentários

  1. De facto, promete! Deve ser maravilhoso e para ter a certeza vou fazê-lo este fim de semana. Nham! Obrigada ;)

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    1. Olá, olá!

      Depois vamos querer saber como correu essa aventura :)
      Um beijinho e bom fim-de-semana

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  2. Olá, Ana.

    Onde se pode comprar sementes de coentros? Já andei algumas vezes a procura e perguntei a algumas pessoas mas ninguém conhece a especiaria :p

    Obrigada!

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  3. Olá, Ana :)

    Eu compro sempre as minhas especiarias na loja Flor d'Açafrão, em Miguel Bombarda (no Porto).
    Mas creio que também as pode encontrar no El Corte Inglés, nomeadamente no Club del Gourmet.

    Um beijinho

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