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Cinco minutos e quarenta e oito segundos. Foi o tempo que demorei a preparar esta refeição – em menos ainda lê-se este poema:
Pára-me um tempo por dentro
passa-me um tempo por fora.
O tempo que foi constante
no meu contra tempo estar
passa-me agora adiante
como se fosse parar.
Por cada relógio certo
no tempo que sou agora
há um tempo descoberto
no tempo que se demora.
Fica-me o tempo por dentro
passa-me o tempo por fora.
O Relógio, Ary dos Santos
passa-me um tempo por fora.
O tempo que foi constante
no meu contra tempo estar
passa-me agora adiante
como se fosse parar.
Por cada relógio certo
no tempo que sou agora
há um tempo descoberto
no tempo que se demora.
Fica-me o tempo por dentro
passa-me o tempo por fora.
O Relógio, Ary dos Santos
Bom fim-de-semana.
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