É possível que já se tenham dado conta da presença deste urso querido ali na lateral do blogue e é dele que vos venho falar.
Hoje, inauguro uma nova ideia por cá: chama-se Sweet Bio For Kids e trata-se de uma rubrica sobre alimentação biológica infantil, e este é – corrijam-me se estiver enganada – um projecto pioneiro nos blogues portugueses.
Em parceria com o espaço Bio & Natural do El Corte Inglés Gaia-Porto vou publicar uma a duas vezes por mês uma receita para bebés feita exclusivamente com ingredientes isentos de pesticidas, adubos químicos, conservantes ou organismos geneticamente modificados. Dito de outra forma: receitas orgânicas, realmente saudáveis e nutritivas.
Espaço Bio & Natural |
Espaço Bio & Natural |
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Na consulta dos cinco meses da Camila, e prestes a ingressar na Alimentação Diversificada, a enfermeira de família do Centro de Saúde recomendou-nos que, sempre que possível, preferíssemos ingredientes biológicos.
Eu já tinha isso em mente, mas não sendo adepta de fanatismos (condicionam demasiado a nossa vida!), comecei por fazer uma pesquisa. A primeira conclusão a que cheguei foi a de que comer biológico é infinitamente melhor para a nossa saúde a todos os níveis - nada de novo; a segunda foi que, dentro da agricultura dita convencional, há alimentos melhores e piores tendo em conta o seu grau de toxicidade (vou falar-vos sobre isso num próximo post).
Segundo a organização norte-americana Environmental Working Group, que processa anualmente os dados relativos à composição química das 48 frutas e legumes mais vendidos nos EUA com base em 32 mil amostras, a maçã foi considerada, pelo quarto ano consecutivo, a fruta com mais agrotóxicos. No total, foram detectados 47 pesticidas diferentes numa simples maçã. E a maçã é, senão a primeira, a segunda ou terceira fruta que introduzimos aos nossos bebés.
A abóbora, a cenoura, a maçã ou a pêra biológicas não vão ser as mais bonitas, as maiores nem as mais brilhantes do supermercado; mas serão, com certeza, as melhores e as mais saborosas que podemos comer ou oferecer.
Portugal está muito longe de se destacar no panorama da produção biológica comparativamente com outros países europeus, mas a área de terra cultivada tem aumentado ano após ano e essa tendência é muito positiva. Não tenho dúvidas de que é esse o caminho – veja-se o exemplo da Dinamarca.
E, agora, o mais importante: a estreia da Camila.
A sopa tem abóbora-manteiga, batata e cebola.
A primeira colherada foi muito engraçada. Qualquer coisa entre o espanto ("Isto não é o meu leitinho!"), a estranheza e a vontade de experimentar de novo... e de querer ela própria pôr a colher na boca.
Durante os primeiros dias, é importante que os bebés explorem a comida, reconheçam texturas diferentes e se habituem a sabores também eles diversificados. Não é expectável que comam tudo aquilo que lhes pusermos no prato.
Outra dica que nos deu o nosso pediatra: se os bebés se recusarem a comer sopa, podemos substituir a batata pela maçã. Cozemos juntamente com os outros legumes e trituramos. Torna a sopa mais doce e aromática e talvez os entusiasme mais.
Sopa biológica de abóbora, batata e cebola | 4-6 meses
INGREDIENTES
[3 sopas de 150 ml cada]
1 abóbora-manteiga bio (150 g)
2 batatas pequenas bio (100 g)
1 cebola bio (80 g)
Água q.b.
Azeite extra virgem Oliveira da Serra bio
PREPARAÇÃO
Método tradicional
- Descascamos a abóbora, as batatas (e lavamos bem) e a cebola e cortamos em cubos similares.
- Colocamos a água (400 ml) a ferver num tacho e juntamos os legumes. Deixamos cozer por 20 minutos.
- Trituramos bem com a varinha ou no processador (adicionando mais água se necessário).
- Servimos num prato côncavo e adicionamos uma colher de sobremesa de azeite.
Na Bimby
- Descascamos a abóbora, as batatas (e lavamos bem) e a cebola e cortamos em cubos similares.
- Colocamos os legumes no copo e cobrimos com cerca de 400 ml de água. Programamos 20 min/100º/vel 1.
- Trituramos de seguida 2 min/vel 5-6-7-8-9.
- Servimos num prato côncavo e adicionamos uma colher de sobremesa de azeite.
Nota: o azeite só deve ser adicionado em cru e já no prato, para não perder as suas propriedades nutricionais (o que acontece com elevadas temperaturas). A quantidade varia entre 2,5 e 5 ml por dose.
Se pretenderem esclarecimentos adicionais sobre produtos biológicos, podem informar-se no espaço Bio & Natural (dentro do supermercado do El Corte Inglés Gaia-Porto) ou em http://www.elcorteingles.pt/supermercado/.
Caso tenham outras ideias para a troca, gostava muito de saber a vossa opinião/experiência.
Também estamos no Instagram em @anachaves
Ola boa tarde, fico feliz por estar tudo a correr bem com a sua filhota. E com o seu Bigas, esse sharpei lindo de morrer (o cão que eu morro de amores, um dia ainda vou ter um). Tenho uma sugestão a fazer, porque não colocar a opção de seguir o blog por email? Eu adoro o seu blog mas no meio dos afazeres e por esquecimento por vezes não o visito. Assim seria mais fácil, acho que haverá certamente mais leitores a concordar. Beijinho e muitas felicidades (Desculpe a intromissão no seu trabalho.)
ResponderEliminarOlá, Cláudia
EliminarObrigada pelo seu feedback. É uma óptima sugestão sem dúvida! Vou tratar disso.
Um beijinho
se me permite, a quantidade de azeite proposta é excessiva e pode causar descarga intestinal. Basta uma colher de café, em cru, antes de servir.
ResponderEliminarÉ claro que permito :)
EliminarO pediatra da minha filha recomenda uma colher de chá por cada dose de sopa (150 ml), opinião que é partilhada também no Centro de Saúde. Eu sigo estas instruções, mas claro que cada mãe ou pai fará o que achar melhor para o seu bebé.
A indicação de que deve ser dado em cru também a referi na receita, se reparares um pouco mais abaixo.
Obrigada pelo seu comentário!